NEM SEI BEM
Nem sei bem a que vim.
Se a aliviar a dor
dos necessitados.
Se a abrir a mente
dos irados.
Se a fechar o tempo com
os desmaterializados.
Se a fugir da raia
como todo mundo faz.
Incrível o que todo mundo faz.
E todo mundo faz copa do mundo.
E faz Olimpíada.
E joga bomba na faixa.
E quebra a bolsa.
Faz encontro de casais,
descobre padres podres.
Faz massa podre de empadinha.
Faz até que não vê.
Mas...eu vejo.
Minhas câmeras são universais.
Meus medos são transversais.
Meus segredos são normais.
Meus desejos são animais:
Chega de bomba!