DE MAL COM DEUS
Você me tirou o que tinha de mais verdade.
Você me enganou dizendo que era assim mesmo.
Você não se comportou como uma santidade.
Você se vestiu de preto e lavou as mãos.
E agora, o que faço aqui?
O que faço, diga, o que faço?
Não tenho o domínio dos céus,
nem sei bem o que é o infinito.
Macro e nano são invenções de
anões e gigantes.
A minha Física parou no Einstein.
Minha mística fugiu pelas frestas.
Minha logística empacou no estoque.
Minhas estrelas que eram minhas agora
eu devolvo.
Pode ficar com elas.
Pode ficar sim. Dê um lustro.
Elas vão voltar a brilhar.