CANSEI DE FALAR DE AMOR
Quando penso que sou quem sou
me invadem formigas atômicas
a vasculhar meus eus mais radicais.
Quando me muno de inseticidas virtuais,
os cupins que devoram minhas lucidezes,
se mandam, com medo de choque anafilático.
Quando vou irar, e iro sim, quem não ira?,
me vejo a juntar santinhos de mortos que não viveram.
Cansei de falar de amor. Cansei de falar de nada.
Essas coisas só existem...pasmem...no plano virtual.
E não adianta insistir. Não aceito mais as cordas.
Marionetes só em circos...reais.