PROVOCAÇÕES
Vinham meus eus
a perambular cada um em uma rua
da minha história.
Na de maior movimento,alguns, felizes,
pareciam escolares
que cabulam a última aula.
Outros irriquietos, em becos,
passavam-se por policiais,
investigando minhas culpas.
Tinha um grupo de grafiteiros
que só andava na periferia.
E mais alguns que se faziam de monges,
cantando músicas de dormir.
Ainda bem que não havia cruzamentos,
nem sinais. Caso houvesse, deixariam de
fingir. As vias seriam então, de fato.