ESSE MEU SER

Esse meu ser,

que quando tem

que ser, não é,

me envergonha.

Nunca mais posso

amar de novo

sem prestar contas.

Nunca mais posso

ter contas no amor.

Sem caderneta,

nem apontamentos,

meu amor paga à vista

seus débitos todos.

E no empório,

o cheiro da mortadela

me inebria e me

dá muita fome.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 22/08/2008
Código do texto: T1141329
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