EU TENHO A FORÇA

Nunca fui o He Man.

Mas sempre tive a força de amar.

Nunca soube se fui correspondido.

Meu negócio também nunca foi o correio.

Sei que perambulo pelas avenidas da poesia.

Às vezes, durmo ao relento, coberto por estrelas.

Outras vezes, me escondo da chuva.

Sem guarda, nem nada.

O papelão vira meu amigo do peito.

E a bronquite também.

A pneumonia é minha vizinha querida.

E a chuva é cruel.

Porque a chuva não perdoa.

Aqui entre nós...

ninguém perdoa.