O RANCHO
Com aroma agreste do mato verde
à beira do plácido rio:
descortina-se o rancho aconchegante,
como obra escultural
entre arvoredos esvoaçantes!
Sobre a grama verdejante
no terreno em declive,
a construção trás perfis
de invisível e régio escudo
no prelúdio do crepúsculo!
Nas ribanceiras serenas,
denodados pescadores
buscam saltitantes peixes
emoldurados pelo sol poente!
No caudaloso rio silente,
navegam-se barcos e batéis
- feito corcéis velozes -,
formatando no borbulhar das águas:
exuberantes lençóis de prata
no seu leito ondular!
Um pouco além das campestres,
avista-se deserta ilha:
habitat dos passarinhos
que fazem nas frondosas árvores,
o aconchego dos seus ninhos!
De volta ao doce rancho
- na acolhedora e vistosa varanda -,
contemplo a vastidão...
E vêm-me um arrebatador desejo
de ser um poeta lírico
e discorrer sobre a amplidão!
Sinto-me extremamente grato pela
interação, abaixo, da querida poetisa
Maria de Jesus Carvalho:
O POETA E A LÍRICA
Lindo poema deleite
banhado de poesia
com cheiro de mato verde
natureza em harmonia.
Tudo é belo, tudo inspira
muita paz no coração
o voar pela amplidão.
Isso tudo justifica
oh! poeta, tua lírica...