O RANCHO

Com aroma agreste do mato verde

à beira do plácido rio:

descortina-se o rancho aconchegante,

como obra escultural

entre arvoredos esvoaçantes!

Sobre a grama verdejante

no terreno em declive,

a construção trás perfis

de invisível e régio escudo

no prelúdio do crepúsculo!

Nas ribanceiras serenas,

denodados pescadores

buscam saltitantes peixes

emoldurados pelo sol poente!

No caudaloso rio silente,

navegam-se barcos e batéis

- feito corcéis velozes -,

formatando no borbulhar das águas:

exuberantes lençóis de prata

no seu leito ondular!

Um pouco além das campestres,

avista-se deserta ilha:

habitat dos passarinhos

que fazem nas frondosas árvores,

o aconchego dos seus ninhos!

De volta ao doce rancho

- na acolhedora e vistosa varanda -,

contemplo a vastidão...

E vêm-me um arrebatador desejo

de ser um poeta lírico

e discorrer sobre a amplidão!

Sinto-me extremamente grato pela

interação, abaixo, da querida poetisa

Maria de Jesus Carvalho:

O POETA E A LÍRICA

Lindo poema deleite

banhado de poesia

com cheiro de mato verde

natureza em harmonia.

Tudo é belo, tudo inspira

muita paz no coração

o voar pela amplidão.

Isso tudo justifica

oh! poeta, tua lírica...

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 24/07/2008
Reeditado em 17/05/2016
Código do texto: T1095647
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