Prisma Poético

Decidi fazer um poema. Sim, um poema diferente,

inesquecível, que trouxesse nas entrelinhas, inefável

alegria para as multidões esquecidas!

Busquei em terras distantes a inspiração almejada

para o meu versejar desejado e formatado

livremente com um quê tão emotivo que pudesse

transmitir encanto a todo sentir lancinante.

De repente... pressenti, no crepúsculo do entardecer,

que a poesia se espreita não tão longe, mas bem

perto. Não se oculta em riquezas transitórias, mas

sim, nas pequenas coisas, na ternura de um sorriso, no

cantar cantar de rouxinóis...

Minha pretensão momentânea de ser um poeta maior,

buscando em distantes plagas o mais etéreo versar,

foi apenas ledo engano..., pois nesta vida não há, um

poema mais perfeito que o próprio sol a brilhar, na

terra, no mar, nas fontes a cantar... e a brisa mansa

afagar belas noites de luar!

Mesmo as palavras mais lindas de enamorados

eternos, não são ditas pelos lábios, as quais, voam

como as falenas, mas sim, pelo doce encanto

de olhares meigos, serenos...

Agora no silêncio do meu pequeno quintal em festa, os

poemas fazem ninho no meu coração liberto!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 26/05/2008
Reeditado em 04/08/2021
Código do texto: T1006281
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