Prisma Poético
Decidi fazer um poema. Sim, um poema diferente,
inesquecível, que trouxesse nas entrelinhas, inefável
alegria para as multidões esquecidas!
Busquei em terras distantes a inspiração almejada
para o meu versejar desejado e formatado
livremente com um quê tão emotivo que pudesse
transmitir encanto a todo sentir lancinante.
De repente... pressenti, no crepúsculo do entardecer,
que a poesia se espreita não tão longe, mas bem
perto. Não se oculta em riquezas transitórias, mas
sim, nas pequenas coisas, na ternura de um sorriso, no
cantar cantar de rouxinóis...
Minha pretensão momentânea de ser um poeta maior,
buscando em distantes plagas o mais etéreo versar,
foi apenas ledo engano..., pois nesta vida não há, um
poema mais perfeito que o próprio sol a brilhar, na
terra, no mar, nas fontes a cantar... e a brisa mansa
afagar belas noites de luar!
Mesmo as palavras mais lindas de enamorados
eternos, não são ditas pelos lábios, as quais, voam
como as falenas, mas sim, pelo doce encanto
de olhares meigos, serenos...
Agora no silêncio do meu pequeno quintal em festa, os
poemas fazem ninho no meu coração liberto!