Ecos
Revoadas de gafanhotos chegando,
Corona e Covid avançando,
Entes chorando.
Juntamente com o vento,
Devastando o milharal,
Enchendo leitos de hospitais,
Brasil adentro,
Todos vão.
Limpando a sujeira,
Tirando a poeira,
Rastro de destruição,
No paraíso da corrupção.
Eita nacionalidade danada,
Açudes e cacimbas secando,
Providência e seriedade não há,
Resultado: tudo acontece,
E não dá em nada.
Banal e fútil,
São as lágrimas dos crocodilos,
Que famintos,
De bocarras arreganhadas,
Os dentes tilintam uns nos outros,
Vorazes utilidades.
A técnica de manusear as máquinas,
Nova Ordem Mundial,
Tecnologia globalizada,
Vieram dos pós-guerra.
Guerras humanizam;
Ou os sentimentos,
Mecanizam?
Reforçar as estruturas,
Trocar os esteios;
O telhado, também.
Varrer a desordem;
Recriar a ordem.
Planejamento,
Família,
História,
Cultura,
E gregarismo,
São coisas seríssimas.
Toda residência,
Precisa de limpeza e asseio;
Se não for com cloro, vassoura, rôdo, suor e sorrisos,
Certamente, será com lágrimas banhadas de sangue cortadas pela adição de sal.