POETRIX: Não tem regras, algumas recomendações
Enquanto o HAICAI JAPONÊS não deve ter título, rima e deve apresentar de preferência um "KIGO" (conotação com as estações do ano), caracterizando-se por ser TERCETO, e apresentar o primeiro verso com 5 sílabas, o segundo verso com 7 sílabas e o terceiro verso com 5 sílabas, num total de 17 sílabas contadas até a última sílaba tônica de cada verso, com temática não pragmática, devendo o terceiro verso apresentar uma ruptura com os dois primeiros versos, É
DESCRITO COMO UMA PÉROLA, um "flash" instantâneo da atualidade,
uma observação ao mesmo tempo brilhante e despretenciosa, bela e discreta da observação poética do observador, ENQUANTO O POETRIX É UMA PÍLULA, tendo como única regra o fato de não ultrapassar 30 sílabas, tolerando-se até 32 sílabas.
Recomenda-se aos autores iniciantes começarem escrevendo POETRIX, do qual menos se exige, para depois, mais treinados, escreverem HAICAIS lergítimos. Existem os Raicais desenvolvidos por
Guilherme de Almeida, com título e rima, o que é vedado aos HAICAIS LEGÍTIMOS. Existem os Haicais Millor Fernandes, com sentido humorístico,
CONTRA INDICAÇÕES DOS POETRIX:
1 Não confundir POETRIX com HAICAIS;
2 Evitar temática óbvia;
3 Evitar orações coordenadas;
4 Evitar emprego de : E, MAS, PORÉM, TODAVIA; CONTUDO,
NÃO OBSTANTE, ENTRETANTO, POIS;
5 NÃO FORÇAS RIMAS;
6 NÃO É FRASE DE PARACHOQUE;
7 Não é definição nem provérbio;
O POETRIX foi usado por Boccacio, Petrarca,Byron, Shelley,
Gregório de Matos, Machado de Assis, Olavo Bilac, Guilherme de
Almeida (1890-1969) e entre nós foi iniciado por Afrânio Peixoto
(1876-1947).