Em rota de retidão.

 

Enquanto escondo meu pranto, com pálido e falso sorriso,

E nego o que sinto, minto… e sofro… ao fazer-me firme e forte…

Enquanto insisto e aos trancos resisto, forjo meu fraco juízo…

E por pura sorte, livro-me da parca, iminente e humilhante morte.

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Enquanto curto um saudoso coração, que em vão, se derrete,

Enquanto a vida, a passos curtos, mas velozes, se faz de esfinge,

Enquanto o destino, qual levado menino, o meu sonho inverte, 

Tal qual o bedel, que com todo escarcéu, de malvado se finge.

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Se venço os percalços, descalço, por espinhosos e doridos caminhos, 

O sofrimento torna-me um encouraçado, bem armado, invencível!

Então, a Deus agradeço, por meus depuradores cadinhos, 

E desafio, travesso, ao cair do berço, o inóspito mar do impossível.