Meu ser vive aprisionado
Meu ser vive aprisionado
Em solitárias da mente
Pelo mundo foi mal julgado
E está muito descontente
Seus sonhos foram avaliados
Disseram que não foi prudente
E o colocaram entre os mal amados,
Distante, longe de toda gente
Lhe despiram e o fotografaram
Lhe puseram uma vestimenta
E sua voz eles abafaram
E lhe levam as poesias que inventa
Não lhes dão livro para ler
Dizem que não posso mais sonhar
Que devo minha ilusão desfazer
Que ao mundo me devo conformar...
Mas quando é madrugada
Quando é densa a solidão
Eu canto a minha amada
Melodias saídas do coração...
As paredes se desfazem
E livre meu ser para longe vai
E muitas estrelas do céu caem
Iluminando a vida em que ele vai.
Mais ou menos 2011