O PLANETÁRIO E CADA ALEGRIA

O PLANETÁRIO E CADA ALEGRIA

 

Se a estrada não fosse de leite,

Como seriam as noites de frio?

Onde estariam todos enfeites,

De cada etapa do meu desafio?

 

Se eu só vivesse em andrômeda,

Será que por lá eu teria Vênus?

Ou se haveria o alpha e ômega,

Para o cortejo com meus acenos.

 

Assim eu visito cada planetário,

E vou anotando meus dias tão só,

Tudo enquanto eu tenha horário,

E seja um cometa em volta do Sol.

 

Eu vou saltitando como canguru,

Sobre os astros ao ser meteoro,

Com toda sorte de um safo gnu,

Que longe vê o leão em um solo.

 

Sempre haverá a caça e o leão,

Como estrelas e nuvens de gás,

E o fim da noite se dá no clarão,

Gerando o dia, na noite que esvai.

 

Mas cada alegria pode se esquecer,

Pois nada se aprende no êxtase,

Que mexe com os hormônios do ser,

Ou interagem por tolo interesse.

 

E toda festa tem sempre ilusão,

Que nos convida ao gozo e sonho,

Contudo, nem sempre é sã emoção,

Onde o riso tem rosto tristonho.