Sem limites

mas com responsabilidade

e amor

...

 

Não existe verdadeira

liberdade, onde a irresponsabilidade,

a violência, o poder abusivo,

imperam... 

 

Quem escravisa os outros

é escravo das próprias emoções

e sentimentos...

 

 

 

 

 

 

Silhueta colorida da jovem mulher que salta com os pássaros que voam dela

 

Qual o limite dessa liberdade,

que desponta, gigante planície,

nesse alto de montanha,

que me assento,

e contemplo,

e olho,

e sinto,

e não sei

onde mais

irei...

 

 

Onde será que minhas asas

me levarão a voar,

nessa minha nova visão,

onde contemplo

o belo,

o jovem,

o lado

que se aformoseia,

em bons sentimentos...

 

 

Onde se dará o limite,

a ser transposto,

nesse meu ilimitado

desejo de ser

maior que mesmo

o que não vejo...

 

 

Ilimitado universo gigantesco!

Tão grandioso

em suas demonstrações de beleza!

 

 

A chuva, que se derrama, das nuvens,

sobre a vasta e ampla terra,

quando a água, límpida e pura,

escorre por entre as gretas,

e vagueia, e permeia, e penetra,

e some, mundo a dentro...

 

 

O vento, o sopro, a vida,

que nasce e finda,

e tudo finda e começa,

sempre e todo dia,

trazendo ao peito,

as dores e as alegrias,

os sonhos e os desejos,

as lutas, as perdas,

as conquistas....

 

 

Onde está essa vastidão que vejo,

mas que está assim tão aprofundada, dentro de mim,

e me faz ficar assim, impaciente nessa hora morta,

onde o domingo passa lento, e me cansa,

e no descansar do dia, preciso do movimento,

das presenças que me trazem algum alento...

 

 

Onde andará a minha alegria de ontem,

que hoje me cortejo em nostalgia e sentimentos

de desassossego e agonia,

nesse dia que passa lento,

e que já se despede, tarde,

ao chegar breve da noite,

e nos trará, de novo, novo dia...

 

Ah! Que impaciência é essa,

nessa busca dentro de mim mesma,

que me faz tão profundamente esperançosa,

e ao mesmo tempo, insatisfeita....

 

 

O que  posso esperar, desejar, querer,

para vencer esse meu desassossego,

que já não aceita mais

o silêncio mudo da abnegação,

que não alimenta mais minha sede de vida...

 

 

Onde se dará o limite,

a ser transposto,

nesse meu ilimitado

desejo de ser

maior que mesmo

o que não vejo...

 

 

Onde?

Quando?

Como?

Quem?

 

 

Após a escalada dura,

após a chegada a esse topo,

nesse cansaço letárgico,

quando começará o gozo?

 

 

 

Escalando, menina, montanha. Montanha, menina, vetorial, ilustração,  escalando. | CanStock