Poema - ZUMBI
Poema - ZUMBI
Nestes versos não há poesia
Há somente o grito de negros e negras marchando pelas ruas
Uma canção de liberdade que assombra os corredores da burguesia
Não tapem seus ouvidos, e não calem nossas bocas;
Porque mesmo calado eu grito,
Mesmo morto eu proclamo...
Que a música que eu ouço ao longe
Sejam os cânticos dos panteras negras
O Exército marcha nas ruas
Com as suas botas sujas de sangue;
Torturam estudantes e matam manifestantes
Enquanto são aplaudidos por um bando de ignorantes
Que as nossas lutas
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a luta de
Homens e Mulheres que morreram por amor
Erguemos nossa bandeira Negra
E lutamos contra o Racismo
Mas a outra metade se calou e aplaudiu o Nazismo
Os porcos fascistas continuam marchando
O chão de sangue continuam manchando
Enquanto o hino nacional continuam cantando...
Vidas negras são sepultadas todos os dias
Em uma guerra civil dentro das favelas
Um espelho de sangue, aonde irmão mata irmão
Mataram um negro inocente o acusando de ladrão...
O presidente fascista alienou a população
criando campos de concentração
‘’ Precisamos combater o comunismo em nome da nação’’
O povo negro com brilho nos olhos e esperança no coração
Ao lado dos espíritos de Marielle e Zumbi iniciaram uma revolução!
Nas ruas marchamos e lutamos
Muitos de nós morreram, mas morreram lutando...
Nossas lutas nunca será em vão
Fogo nos racistas! Em nome da revolução!
Deus é uma mulher negra trans e favelada
Que a sua benção caia sobre cada um de nós
Como Poesias recitadas sobre o brilho das estrelas.
- Gerson De Rodrigues