INSTANTES ETERNOS

Fadado ao fracasso

Deitei-me embaixo de um Jambeiro

Numa paisagem

Que lembrou-me Van Gogh

Cochilei por instantes eternos

E sonhei com a minha existência inócua

Eu não havia nascido

Quando sucedeu-me circunstâncialmente:

A DOR

Ora, mas a dor que me refiro

É a da alma em constantes complexos

Um conjunto de questões

Mal resolvidas. Uma sentença:

A MORTE

Do Ego? Do Etéreo? Do Hetero?

A voz estérea da morte em difusão

Nada fará mais sentido

Depois do último suspiro.

Esqueça seus discos, sua esposa

Suas amantes e seus empreendedorismos

O grande mistério da vida será revelado

Enquanto sua alma viaja no desconhecido

Um delicioso jambo cai em minha cabeça

Saciando-me saborosamente minha fome

Mas a fome de respostas ainda incomoda

Descubro a gravidade das minhas dúvidas.

Jonathas Oliveira
Enviado por Jonathas Oliveira em 21/08/2020
Reeditado em 09/03/2021
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