MEU NAVEGAR NA ESCURIDÃO

MEU NAVEGAR NA ESCURIDÃO

Enquanto meus sonhos revoam,
No sopro divino da noite eterna,
Minhas asas se abrem numa coberta,
Onde as velas dão nota e logo ecoam.

Mas os ecos que chegam ao ouvido,
Nem mesmo eu entendo ou ouço,
Já que a tortura do meu calabouço,
Me traz alvoroço e um forte zumbido.

Pois nada que eu enxergo,
Não sei se realmente existe,
Se o que no hoje persiste,
É algo a que agora me entrego.

E o meu navegar na escuridão,
Refletem meus sonhos e pesadelos,
Como as caspas contaminam os cabelos,
Me deixando numa rota de colisão.

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Publicada no Facebook em 12/01/2020