ESPANTO E VERTIGEM
Quem sou eu? Não sei. O que ou quem busco nesta vida?
Quem sabe eu seja apenas a fagulha de um grande Mistério, que me envolve totalmente em suas delicadas malhas.
Ó realidade anterior e superior, "supra” e “prius”, onipresente, tremenda e fascinante, que me esconde o seu verdadeiro rosto!
Ó Fonte suprema que provoca a minha sede.... Insaciável!
Se tenho sede, tem de existir uma fonte.
Quem sabe eu seja apenas uma pequena concha a ser preenchida, um buscador - cheio de espanto e vertigem - dessa Fonte, Autor de todo o bem, de toda a beleza e de toda a verdade.
Basta! Paro por aqui!
Pois, como escreveu uma vez o mestre Capovilla, "aqui a pena (ou a minha pobre digitação) se detém, enquanto o coração acelera suas batidas".