A MOLDURA
Mergulhado no prelúdio;
E começo a ler um livro;
No preambulo quimera;
Um eu que começa a pintar;
Páginas por páginas em cores;
Lendo o sonhar da libélula;
Voando com os pássaros no ar;
E, dentro do ar, fresco! Cinzento!
Estou além para olhar;
Letras na beira do riacho;
Caem com a brisa que chega;
Ligeira como os pingos da chuva;
Águas tranquilas me faz repousar;
Vento me envolve em sincronia;
E as cores mudam de lugar;
E como um passe de mágica;
Sem legenda para ler;
O livro cai sobre a grama;
Rola, das minhas mãos de leve oscila;
Minhas pálpebras cerradas;
Miram o interior escuro;
Associado as imagens despercebidas;
Miro o exemplo do quado pintado;
Onde estou numa árvore;
Engastado, rente ao tronco;
Do ipê florido e junto adormecido;
Durmo tranquilo;
E acordo no balanço dos galhos;
Que roçam em mim;
Páginas que não li.