No Exílio
Vibra minha alma, ao ver-te
encontra seu propósito real
estás comigo em carne e espírito
nesta realidade da qual nada quero
Pobre de mim, ora vivo, ora sou pó
Além da vastidão do tempo e da entropia
nada sou, nada resta
além de páginas escritas perpetuamente
tua filha, Felicidade, foi tomada de ti mulher
A muito que clama por justiça
Espera incansável, sedenta e irretratável
espera por um suspiro
tua vida exilada
e as dores de tua alma
teu martírio
tua busca
estou aqui por ti
pobre de mim, entalhado em barro
a cada instante e eternamente
até o fim de meus dias calmos e serenos
te amarei
além de muitas eras, te amarei