No Exílio

Vibra minha alma, ao ver-te

encontra seu propósito real

estás comigo em carne e espírito

nesta realidade da qual nada quero

Pobre de mim, ora vivo, ora sou pó

Além da vastidão do tempo e da entropia

nada sou, nada resta

além de páginas escritas perpetuamente

tua filha, Felicidade, foi tomada de ti mulher

A muito que clama por justiça

Espera incansável, sedenta e irretratável

espera por um suspiro

tua vida exilada

e as dores de tua alma

teu martírio

tua busca

estou aqui por ti

pobre de mim, entalhado em barro

a cada instante e eternamente

até o fim de meus dias calmos e serenos

te amarei

além de muitas eras, te amarei

Samuel Anderson
Enviado por Samuel Anderson em 14/02/2019
Código do texto: T6574838
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