Epifania

Tenho paciência impaciente, tenho cara limpa e prepotente. 
Quero questionar o mundo, me questiona sem parar.
Porque tenho que ir embora se eu quero ficar.
Nessa psicologia inversa
Minha alma fica submersa.
Caráter? Quem me dera. Mais que ilusão é quimera.

Se o ninguém é coletivo o todo é individual
Metafisica, metal, metalinguagem.
Qual a meta desse ritual? Sou culpado passional por querer o capital.

De que serve esta meia face? Mostraria toda ela se ninguém notasse.
Só me diga o que pretende. Se minha máscara o surpreende, se ainda é suficiente
ser original.
O que me era de direito virou banal.
Não me limite à existência. Não quero existir.
Apenas ter essência.