Nave minha

Nave minha, me leva a outros rumos

Não me deixe em rota de colisão

Com meus desacertos.

Leva-me além dos sombrios horizontes

De meus erros

Além do palco escuro dos desencontros

Da triste, da medonha escuridão

De ser cruel, tirano, juiz alheio.

Leva-me, nave minha,

Ao encontro da luz, do dia, da vida,

Aos cumes dos grandes sonhos.

Leva-me aos ares das delícias puras

Rumo aos prados onde brincam, livres, seres outros,

Que alcançaram, da vida, outros Portais.