PRELÚDIO MATINAL
No silêncio do quintal,
Além das calmas cortinas,
Sinto a paz universal
E fito a flor matutina.
Com os olhos marejados
No prelúdio desse dia
Não há máculas, só júbilos
Em tudo que a brisa alisa
Sonho delícias do amor
Em meu poetar quimérico.
Assim como um beija-flor
Meu pensar se faz homérico.
As belas manhãs da vida
Fomentam minha ilusão
Alinhavando as carícias
Guardadas no coração.
Suspiro as vinhas felizes
E deixo versos no além!
Volatizando ternuras
Florais suspiram também.