MEU RECATO
Tendo recebido no dia 26 último, uma
dedicatória da poetisa Luiza De Marillac Michel,
muito agradeço a ela pela honra e retribuo a
generosidade com o poema abaixo:
No meu recato em devaneios épicos
Percorro livre a natureza
E vejo auréolas brilharem
No manto crepuscular.
Quanta luz mediterrânea
No orvalhar das madrugadas,
Nas pétalas das belas artes
E na pureza das manhãs!
O meu canto é como a vida que é santa,
Por isso escrevo e canto
Líricas dialéticas e proclamo
O amor mais puro e constante.
Vejo os astros em tons poéticos,
Sob altas magnitudes,
Aderindo o meu silêncio
Transmutado em solidão.
Busco então discorrer, em livre imaginação,
O verso mais pitoresco e bonito
Em tentáculos que falam
De saudades incrustadas e amor ao coração.
Antenor Rosalino