" SINFONIA 40 DE MOZART"
Voejam os pássaros em sua andante teimosia
A murmurar as fontes imitam os seus gorjeios
Que levitam coroas de heras a jubilar o encanto
Do grego Deus Tânatos que perdido em sua dor
Enlaçou um desprezado pedaço de papel
Em cujas margens uma incipiente pena
Bordou a fios dourados a Sinfonia 40 de Mozart
Que rediviva coloriu de carmim a sepulcral esfinge
Transmudando a morte em um robusto coração
Que esperto de quando em quando faz as vezes
Do tolo e malquerente cérebro que radioso
Surge expirado dos suspiros sublimes daquela
Imortal peruca que adornara o rosto da vida
Precocemente enterrada em uma comum vala
Que todos os dias floresce encantada pelo orvalho
Daquela Sinfonia que lhe concedeu a eternidade!