" NOITE"
Noite... III
Assomou uma terrível e implacável ventania
Que ao beijar sofregamente os véus da janela
Dedilhou uma a uma as teclas do velho piano
Que extasiado contraiu- se em múltiplos concertos
Dando à luz as estrelas que em ciranda uniram-se
Formando a odisseia das inusitadas e inexplicáveis eras
Surgidas da paralisia dos tempos renascido da bruma leve
Expirada do incerto claustro dos teares onde a vida
Teimosa se repete à cada sinfonia " suspirante" de amor
Sampa, fevereiro de 2018.
* Nota da autora: Suspirante é uma palavra do idioma espanhol, que em liberdade poética importei para os meus versos...