" TEMPO... TEMPO... TEMPO..."

Sinuoso e escorregadio tempo

A voar entre as escadas de vento

Descabelando tranças e cozendo brigadeiros

A fumegar em terrinas acalentando a infância

Que borboleteou para distantes e enigmáticas plagas

Residentes no meneio das douradas melenas

Que de em quando conhecem a liberdade provisória

Ao serem dedilhadas por suas másculas contas

Que obedientes tatuam na inciente bandeira

Os perpétuos dizeres furtados da orquestra

Regida pelos gemidos da pequena morte

Sampa, 29 de dezembro de 2017.

Ivone Maria Rocha Garcia
Enviado por Ivone Maria Rocha Garcia em 29/12/2017
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