" DA INJUSTIÇA"
DA INJUSTIÇA
Sob as voláteis cortinas
Os ventos aspergem a tecedeira
De suaves lírios do vale
Puros como o sorriso da meninice
Que unido ao desabrochar da inocência
Tenta em vão regressar às águas claras
Dos perdidos sonhos
Tragados pelos malsãos redemoinhos
Que cruéis arrastaram a pobre nascente
Ao azul profundo do inavegável oceano
Onde a injustiça aglutina-se ao temor
Dos enredados fios acorrentados
Às condorinas asas daquele
Que um dia pensou ser majestade!