" DA INJUSTIÇA"

DA INJUSTIÇA

Sob as voláteis cortinas

Os ventos aspergem a tecedeira

De suaves lírios do vale

Puros como o sorriso da meninice

Que unido ao desabrochar da inocência

Tenta em vão regressar às águas claras

Dos perdidos sonhos

Tragados pelos malsãos redemoinhos

Que cruéis arrastaram a pobre nascente

Ao azul profundo do inavegável oceano

Onde a injustiça aglutina-se ao temor

Dos enredados fios acorrentados

Às condorinas asas daquele

Que um dia pensou ser majestade!

Ivone Maria Rocha Garcia
Enviado por Ivone Maria Rocha Garcia em 22/10/2017
Código do texto: T6149446
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