" DESPERTAR"
DESPERTAR
Enciumado o Sol nasce apagando as estrelas
Revolvo as dormentes roupas encolhidas no armário
Em revoada pássaros cantam
Inebriados pela frutal fragrância de seu sorriso
Imortal, inigualável, congregador
Que sorrateiro me devora
Toda vez que olho para o seu retrato
Impassível,inquisidor, mas mesmo assim fulgurante
Encerrado para sempre no relicário de minh’alma
Onde eternamente viverá no presente
Pois, o vento não soprará o futuro
Enquanto fotografias não transpuserem limites
Para se concretizarem na lira do poema
E serem expiradas em suspiros de gozo!