Rabiscos da minha alma...
Renascida das cinzas
começo agora a voar.
Não tenho mais estigmas
que possam me marcar.
Sou tudo no infindo nada.
Nem tento me compreender.
Trago a poeira da estrada
que em mim veio se manter.
Escrevo o certo no incerto
ou o incerto no certo?
Ah...tudo é tão controverso.
Ás vezes sinto-me tão vazia.
Parece que surge uma apatia
que não consigo interpretar.
Em outros momentos basta suspirar
que o verso urge dentro de mim.
E assim ressurjo da imensidão.
Pego a caneta na mão.
E como um estopim,
consigo deixar jorrar
entre meus dedos,sobre o papel
todo sentimento que brota e flui
de dentro de mim.
Absorvo nesse momento Clarice.
me deleito nos versos de Cecília.
Ai pronto, percebo que me faço poetisa,
desenhando em versos
rabiscos da minha alma.