VISÕES NO PLENILÚNIO

A lua prateando o mar

Na madrugada vazia

Traz ondas contidas de luz,

E capto num radiograma

De invisível encantamento:

Rastros misteriosos

Das estrelas lonquínquas.

Os campos cinzentos

Tornam-se claros e belos!

O canto dos sapos e grilos

Já não soam como lamentos da água.

No porto sobrevoa

Em voos acrobáticos

Os albatrozes singrando os mares!

O vento uiva nas rochas

Enquanto uma gaivota canta...

Visualizo o vento

Soprando a lua cheia

E tudo vejo, na transparência,

Até mesmo o silêncio da espera

Antevendo a saudade eterna.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 13/03/2015
Reeditado em 16/03/2015
Código do texto: T5168376
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