POESIA AO ENTARDECER

Na alma do poeta a poesia se faz plena, insone.

As horas roubam-lhe os sonhos.

Mesmo assim, na exaustão das tentativas,

No papel se espraia seus devaneios risonhos!

Em centelhas refulgentes de átimos inusitados

De estrelado e embriagador lirismo,

Os caminhos são desenhados por dunas desertas

Ou pelas águas dos rios em mistérios longínquos.

Orações se fazem em sussurros ao vento

Numa apoteose de afogadas lágrimas

Na hora do ângelus sacrossanto!

E as almas poéticas em canto uníssono

Energizam o firmamento em vibrações diáfanas

Colorindo a natureza e seu divino manto.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 04/10/2014
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