Palavras
As palavras estavam perdidas
Não deixavam, por mim, serem ditas
Na crua essência de ser
Agora saindo como espumas de cólera
Da boca do tempo que ruge,
As horas que são compostas por pequenos compassos
Com passos mal feitos defeitos num refazer perfeito
Meu doce alento é apenas ouvir: as pedras
Que exalam e falam
Das flores que estavam ali
No meio do caminho do poeta que cai tropeça
Tropeça cai e cai enfim...
Mais que simplesmente sei
É que não sou poeta, mas pétalas
Das pedras que estavam ali
Entre palavras mastigadas