Aspiração do Rebanho
O rebanho segue, persegue o fim das fadigas das andanças.
O fim dos engodos, das dependências.
 
Sonha com um corpo sadio, que aprendeu a se curar.
Esconjurou os vermes, que lhe devoravam as entranhas
 
Costurou rachaduras no coração.
Portas de entrada para toda a  bicharada.
 
Criou espantalhos assustadores para afugentar perigos
e inimigos.
 
Ao diabo!  Para o inferno vão todo o mal: o fado, a triste
sorte, a foice, que simboliza a morte.
 
Toda a companhia é má companhia.
Não dá mais para acreditar.
 
As escolas precisam ajustar os conteúdos.
Adestrar os miúdos para acima deste mundo  ficar.
 
Conteúdos que despertem sentidos agudos.
Olhar de girassol.
 
Uma visão alargada, que lhe mostre o perigo,
Onde se esconde o inimigo.
 
Aumentar aulas de autodefesa, de esperteza.
Dotá-las de um livre arbítrio sagrado.
 
Um manto santo de luz transcendental
Que os livre de todo o mal.
 
                                                                      Lita Moniz