SENTIMENTOS LIBERTOS
Não me apego às coisas de lá
Mas também não me prendo aqui
Distante de pensamentos lúgubres que há
Sou como albatroz liberto sobre o mar!
Abro as janelas do meu sentir
Tanto aqui, ali ou acolá,
E persigo os meus sonhos felizes
Em noites e dias sem fim!
A silenciosa harmonia do lado de lá
E as nuvens brancas de alfenim diamantinas daqui
Levam-me a ouvir e entender estrelas
Entre rastilhos de flores, sentindo olores de carmim.
E sigo assim, tanto por lá como por aqui,
Esculpindo a vida num realengo de sonhos
Onde o meu sentir se perpetua em cântaros
E nada para mim perde o seu encanto.