Vivo

Obrigada Grande Universo pela

diversidade que se nos apresenta

nebulosa para os cegos,

cristalina para os sábios.

Ora isso, ora aquilo

hoje, amanhã ou domingo,

sentidos são cinco,

verdades são milhares,

sentimento é o amor,

um só infinito amor universal.

Do pó ao pó,

do espírito ao espirito,

e no sangue um nó de madrugada...

Na língua a saliva da alvorada

lambendo as tetas

do velho mundo

velho, sujo, careta

vivo, sedento, curioso, capeta

científico, lógico, fedorento

sentido anti-horário

revolucionário

em todos nós não pátria mas

sair do armário do enquadramento

sair, sair, sair

ser apesar do acompanhamento

vivo, alívio.

Débora Segala
Enviado por Débora Segala em 09/04/2007
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