ALMA POÉTICA
Abro o meu coração inerme,
desprovido de maldades e vago sereno,
nos remansos de um mundo
feito de alegrias e dores.
As desilusões descortinam-se na realidade presente,
mas absorvo apenas as ilusões do meu pensar
que se perde na amplidão dos crepúsculos.
E o meu ser magnetizado, se incorpora à fluência da
natureza em seu ciclo sublime
de radiância e esplendor!
As madrugadas me alucinam!
A luz dos candelabros faísca as pétalas
das flores veludíneas e perfumadas
que se abrem ao manto azul do plenilúnio!
Com a mente aberta às ideias e às coisas,
a minha alma poética se projeta em penumbras,
mas, revestido da luz da esperança
que me aquece, faço pinturas de um mundo
onde o amor desfaz as trevas
Da minha geografia em construção.