ALMA POÉTICA

Abro o meu coração inerme,

desprovido de maldades e vago sereno,

nos remansos de um mundo

feito de alegrias e dores.

As desilusões descortinam-se na realidade presente,

mas absorvo apenas as ilusões do meu pensar

que se perde na amplidão dos crepúsculos.

E o meu ser magnetizado, se incorpora à fluência da

natureza em seu ciclo sublime

de radiância e esplendor!

As madrugadas me alucinam!

A luz dos candelabros faísca as pétalas

das flores veludíneas e perfumadas

que se abrem ao manto azul do plenilúnio!

Com a mente aberta às ideias e às coisas,

a minha alma poética se projeta em penumbras,

mas, revestido da luz da esperança

que me aquece, faço pinturas de um mundo

onde o amor desfaz as trevas

Da minha geografia em construção.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 14/12/2012
Reeditado em 26/02/2016
Código do texto: T4036009
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