" SERENATA... DE SCHUBERT..."
" SERENATA... DE SCHUBERT..."
Rosas entreolham-se marejadas...
Ceifados os seus caules estão...
Mergulhados na insípida água
Acondicionada no insensível receptáculo de vidro...
Aos poucos as pétalas começam em uníssono a gritar!
Pois não desejam morrer!
E já estão elas caindo amorfas sobre a mesa...
Eis que os angelicais acordes iniciam seu gorjear...
Irrompem com delicadeza o sepulcral silêncio...
Notas povoam de vida a iminência da morte
Redivivas, radiantes, as flores desabrocham
Ao som da “Serenata de Schubert!”