CRONOS-POESIA

A poesia é um instrumento de ouro

pelo qual os homens harpeiam seus mistérios.

Nela o homem esconde seus outros,

à medida que brinca; brinca de ser sério.

Neste acaso, somos percebidos, nascidos,

moldados pela capacidade do dizer.

Nem dias, nem prantos, nem olhos esquisitos.

Vejo-te, e não te vejo. És-me o não ser.

Isto compõe uma poesia: leves ventos.

Nada se faz borboleta, além do voar.

Eterna e serena, meu anjo-guarda-tempo,

Cronos de inefáveis cores. Belo guerrear.

Wilder F Santana
Enviado por Wilder F Santana em 25/09/2012
Código do texto: T3900997
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