Através do balé das cortinas

Como o tempo passa lento

Nessas tardes de abril

Na janela um lamento

Tarde cinza, vento frio

Vento leve leve embora

Seus pertences por direito

Com a serra faça arte

Faça parte do meu peito

Vento leve esvoace

O cabelo das meninas

Com seu passo ritmado

Faça par com as cortinas

Ou me deixe traduzir-me

D’outro lado da janela

Assassina minha sina

Me ensina a dança bela