Hoje, o tempo.
Hoje, eu me toquei que, depois de 20 anos de vida,
Dos quais devo contar apenas os últimos cinco,
Eu fiz tantas
E muitas
E pequenas
E grandes
E rápidas
E momentâneas
E raras
E boas
E ruins
E estranhas
E novas
E repetidas coisas e vivi.
Fi-lo muito tempo como se a vive: vivendo.
Só que, hoje, acho que, de verdade,
Aparentemente, por uma visão pessoal que tenho,
A vida, sem mais delongas e memorialismos e atenuação e fundos colocados,
Deve ser vivida, apenas.
Por isso, vivê-la-ei!
Está difícil, claro: não quer que o mundo espere você concertar os pedacinhos
E colocar as malditas peças no lugar, quer?
Espera que o mundo não lhe diga que sonhos são bobagens?
Bom, o mundo é assim.
Isso quer dizer que se alguém não lhe ama como quer,
Não quer dizer que essa pessoa não nos ama do modo mais puro e belo que ela pode.
Isso quer dizer, também, que não necessariamente precisará ser perdoado:
Em algum momento precisará perdoar a si próprio.
Por esta razão, vivam meus amigos! Sonhem! Amem!
E acima de tudo, deixem-se levar por seus pés, sempre prontos para aceitar que o tempo não é algo que se possa voltar...