MEUS BRINQUEDOS
Quando meus brinquedos se desfazem,
novos mundos se constroem neste segredo.
Seu descontentamento, suas peças inábeis
apenas me motivam a adquirir novas formas.
É como um livro cujas páginas, de tão velhinhas,
não permitem mais leitura. Só lembranças.
E saudades.
Meus brinquedos, quando se vão
para a parte extrema da inexistência,
levam consigo partes de mim. Levam a limitação
de minha tão pesada humanidade.
É que, apesar de ser coisa na terra,
tenho sentimentos que se espelham em oculto.