A VERMELHIDÃO DESTA PENUMBRA

A vermelhidão desta penumbra me representa,

e sou guiado pelos corredores da saliência.

Quando penso em ser o silêncio do jantar,

o mar exerce em meu peito fogo. Desejo de amar...

Desejo de amar quem sou e a outra parte de mim,

A parte que arde e desenlaça, mata e desperta.

E se na morte vivo em desgosto, vermelho-escuro,

É esta penumbra que se alimenta de meu sangue,

A refletir em mim a madrugada que se repele em dores...

(Esta poesia foi selecionada no I concurso Nacional Novos Poetas 2011" - Prêmio Augusto dos Anjos em 2011, e compõe a Antologia Poética em homenagem a este autor paraibano.)