ABREM-SE AS PORTAS
Abrem-se as portas
e os ventos tentam firmar-me um rosto
de Homem.
Que Homem subexiste na (in)capacidade dos ventos?
Que ventos me emocionam desde o feto que eu fui?
Entra como fogo, sim, e queima a densidade vegetal
de um retrato humanamente congelado.
Abrem-se as portas,
Porque portas são trancamentos e aberturas vivas.
Abrem-se elas na decifração de minha face.