NA AMPLIDÃO DOS LUARES
Quisera na solidão dos meus momentos,
Alcançar a luminosidade que fulgura
Na mais linda estrela do céu
Em noites de esplendor e brancas nuvens!
E com as mãos súplices
Ostentando-as ao léu,
- Despojado de angústia e dor -,
Sentir a suavidade desconhecida
Do viver sem voltas e idas.
Envolto pela bruma dos luares,
No frescor da aragem calma
Entre flores primaveris,
Aproveitar os lampejos poéticos
Da madrugada que me alucina.
E com o corpo leve,
Liberto como a brisa nos luares,
Brincar de voar na amplidão sem fim,
Deixando o vento me levar
Para o fascínio das auroras
Enquanto o silêncio fala por mim.