OxiGênio
Abutreamente somos
poetas em devaneio
velas de flutuantes calmarias nos
penhascos revestidos de despenhadeiros
Tateantes, buscando grutas
esfregam-nos encostas
e o vento gélido calmo das sutilezas
não os alcança nos trópicos
Goles de letargia em taças de semântica
provocam a imprecisão de um risco no vazio
voam letras sobre Goa
sons de respiração a sobrevoar oceanos
Não há pausas
não há nós nas cordas vocais da utopia
nem cores esmaecidas em demasia
toda sorte de arte nos deflora
sangram nossas expostas cicatrizes
Em imagens que não nos dizem
ser o que seria, sereias fossem
e nós, rio