HEROÍNA DE MIM
do centro do castelo da minha Vida
subo e desço - entre a mais alta torre
e o mais profundo calabouço
caminho sinuoso, fere-se
a alma em pontas de desgosto - afiadas
vendo a ilusão que me vai embora
cintilantes Dores chegam - em grupo
aproxima-se, então, o Nada
consome minhas cinzas, a Realidade
... porém ...
brisa suave traz o perfume do Alto -
a heroína intui sua Dimensão Divina
e a cada vez no topo
sonha com a alegria
ilude-se com a Filosofia
e permite que o mundo a veja
vibrante
na vitória de um instante -
sem sua máscara de agonia
(Curiosa)