Autoconsciência

Não desejo ocupar espaço apenas.

Outro indivíduo inepto no elo trófico?

Perpassar lânguido ao “pax-de-deux” ástreo

É como vindimar, sem grãos, o arval.

Tampouco alç' ao delíquio peremptório

O legado de páginas em branco.

Entre linhas flexuosas, traço planos:

Edificados com tinta e esperança.

Grandes feitos não são obliterados;

Sobrevivem ao húmus visceral,

Imortalizados em templos míticos.

Plantar e escrever algo significam

Quando, ao próximo, frutos cultivamos.

E nada mais se leva desta safra!

Mário Neto
Enviado por Mário Neto em 18/07/2011
Reeditado em 17/03/2019
Código do texto: T3101789
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