Uma voz azul
(A Jayne Marcelino, Rio de Janeirro)
Estava no escuro
Tateando,
Procurando,
Pelas pontas dos dedos,
Um lugar para me Firmar...
Sim
Procurava
Quando ouvir
Uma voz azul
Tão núbia
Tão misteriosa
Aquela voz na escuridão
Que parei de pensar
E fiquei a ouvi-la
Na imensidão...
Uma voz azul
Disse-me:
Ande, ande, não pare não!
E sem vê para aonde ia
Eu, de ouvido, a seguia,
Mas sem esperança,
Apenas motivado
Pela emoção...
Uma voz azul
Deu sentido ao meu Caminho,
Deu ouvidos ao meu Coração...