Por demais Distante

Eu, num certo dia,

numa hora indecisa,

me encontrei

com minha Agonia...

Eu vinha por uma estrada

de seres, de arvores, de luz vazia.

E a vi sentada à beira do caminho

a olhar os confins da noite fria.

Ela tinha o meu rosto

Cada face que tive um dia...

E seu corpo era semitransparente

Mas que imitava o corpo da gente...

De longe a avistei

e segui em seu rumo

era o único lugar

iluminado que visualizei...

ela estava com um

olhar Perdido

e parecia esperar

e talvez tenha sido

ela a bolar

toda esta situação anormal.

Eu caminhava,

mas não me aproximava

e parecia,

às vezes de repente,

que nossos rostos

estavam rentes...

Porém

no mesmo instante,

no momento mesmo de falar,

tudo ficava

por demais Distante...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 29/06/2011
Código do texto: T3064935
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